É preciso ter muito cuidado ao sair botando em prática tudo o que lê no Google, principalmente em relação à nossa saúde.
Vivemos atualmente uma era de grande diversidade tecnológica, e com ela, veio instantaneamente o acesso fácil a todo tipo de informação. Porém, é muito importante filtrar o que se lê por aí, para separar o que realmente é útil e que tem embasamento, ou não. Com a sua saúde não deve ser diferente. Que o Google é uma poderosa ferramenta de pesquisa, informação e divulgação do conhecimento, todo mundo sabe. Mas tem uma coisa que ele definitivamente não pode ser: seu médico.
Parece até estranho essa afirmação, mas algo que vem ocorrendo com frequência é que pessoas estão buscando interpretar os sintomas de suas doenças através do Google, ao invés de consultarem seu médico. O problema é que, assim como o Google Maps não tem medo de lhe indicar caminhos perigosos, o mecanismo de busca também é incapaz de confirmar a veracidade das informações que você encontra por aí. O problema é ainda pior entre os solteiros, pois não existe alguém em casa cobrando-os que se procure um médico logo.
Cibercondria: os novos Hipocondríacos
O que tem ocorrido cada vez mais é o surgimento dos chamados “cibercondríacos”, os hipocondríacos cibernéticos, que saem a caça de novas e inimagináveis explicações para seus problemas de saúde.O grande problema é que a internet é um território livre e tudo pode ser divulgado, desde informações sérias até “picaretagem”, obtidas pela compilação equivocada de artigos médicos ou transcrição de material de jornal ou revistas leigas. Assim, não existe nenhuma possibilidade de controle sobre a informação divulgada e o paciente também não tem como saber sobre a idoneidade da matéria transcrita. Diz uma pesquisadora: “a preocupação é tanta que na Suíça foi criada uma organização só para dar credibilidade aos sites médicos, com o nome de Hon (Health on net Foundation)”. O problema é ainda maior quando as pessoas passam a consumir medicamentos sobre os quais só leram no Google.
Os perigos da auto medicação
O grande problema é que o doutor Google não é médico, e não faz as perguntas corretas a fim de distinguir uma fraqueza ou desânimo por depressão ou baixa de função da tireóide (hipotireoidismo), e as duas enfermidades merecem tratamentos diferentes. Ainda, algumas pessoas perdem completamente a razão diante da internet, o que caracteriza um transtorno dos impulsos como o uso de drogas, onde o dependente não consegue parar. Assim, quando o indivíduo passa a usar a internet como substituta das relações humanas, estamos diante de um grave problema caracterizado por depressão, ansiedade, insônia, dificuldade de relacionamento, sedentarismo, obesidade ou emagrecimento (anorexia ou bulimia), piora da hipocondria e estresse crônico.
Conclusão
É preciso entender que, embora seja válido informar-se pela internet, quem dá diagnóstico é um profissional de saúde. Alguém que vai analisar seu caso especificamente para saber o que você tem e o que deve tomar, se é que deve tomar alguma coisa.
Autodiagnosticar-se e automedicar-se com base apenas em informações extraídas da internet – ou de onde quer que seja – é uma prática perigosa que pode levar ao agravamento da enfermidade e, em casos mais extremos até à morte.
Fonte: Eu me sinto bem