Sem casar: Ficar só depois dos 30 é um problema para muitas pessoas pessoas, no entanto, nos dias atuais é mais comum do que se imagina
Atire a primeira pedra quem não é questionado sobre a sua vida afetiva e os seus relacionamentos (no caso, sobre a falta deles).
Vamos ser francos, por mais que muitos queiram admitir que não existe mais essa cobrança, ela está aí todos os dias em algum comentário indireto, em alguma pergunta disfarçada e diversas vezes no velho e bom “vai ficar pra titia (o)”.
Mas a grande questão é: e se realmente eu quiser ficar pra titia? Ou titio?
Os trinta anos parecem ser o limite máximo do matrimônio. Se você casa muito antes dos 30 é apressado, se casa exatamente aos 30 é porque foi “salvo pelo gongo”, e se casa depois dos 30 foi somente para não ficar encalhado e não porque havia sentimento. Acredite ou não as pessoas pensam isso.
No tempo dos nossos pais e avós, casar cedo era praticamente uma obrigação, já que naquela época, ter filhos tinha uma importância muito maior que hoje, dessa forma, quanto mais cedo a mulher casasse, melhor para construir uma grande prole.
Para o homem de antigamente, não casar gerava inúmeras desconfianças, principalmente com relação à orientação sexual dele. Portanto, as convenções sociais vigentes, praticamente obrigavam o matrimônio para que as pessoas pudessem se encaixar no que eles acreditavam ser o ideal.
Ah, antes de mais nada, que fique bem claro que não somos contrários ao casamento. Aliás, somos totalmente favoráveis às uniões, sejam elas de qualquer forma. O amor é o melhor dos sentimentos. Não há nada de errado em colocar uma aliança de compromisso em alguém. E se você quer ficar sozinho, ame a você mesmo também com muita intensidade.
Vivendo em uma geração imediatista
O ponto é: a nossa geração é imediatista, é momentânea, é líquida (para os íntimos de Bauman). Os jovens vivem o agora e as suas prioridades estão a curto prazo. Queremos ser independentes, conquistar o melhor de nós mesmos graças ao nosso esforço. Tem gente que diz que essa juventude é preguiçosa. Impossível. Os novos não se acomodam, não param e, mais do que nunca, correm atrás dos seus sonhos, às vezes sem nem saber quais são. Mas correm.
O casamento é um compromisso a longo prazo, quiçá eterno. Pense na proporção que isso significa e pense na confusão que isso causa na cabeça de um jovem que já acha que 4 anos de faculdade é tempo demais.
Olhe ao seu redor e veja quantos dos seus amigos estão há muito tempo no mesmo emprego. Poucos, provavelmente. Porque a Geração Y vive de mudanças. Vive de uma identidade que é construída e desconstruída a cada dia. Vive como se não houvesse amanhã.
Parece que os 30 são os novos 50. Porque cada vez mais, você é cobrado a ter uma vida totalmente resolvida antes de cortar seu trigésimo bolo com velinhas. Mas e se você não quiser ter tudo resolvido? Não tem problema. O certo, o estável, o fixo te incomoda. E não há nada de errado com isso, você só está vivendo a sua geração.
Lembre-se que não dá para comparar a geração atual com a passada. Ainda mais sabendo que a expectativa de vida era menor, fazendo com que as pessoas tivessem que amadurecer mais cedo, focando no profissional e no pessoal de forma mais precoce. Hoje, a expectativa de vida do brasileiro aumentou, passando para os 77 anos de idade, portanto, não deixe as pressões sociais afetarem sua vida.
A geração em que você decide. Você decide se quer se casar, você decide o seu futuro profissional, você decide o que quer ser hoje e, talvez, o que quer ser amanhã (mas em segundo plano). Mas por favor, decida sempre pela felicidade. E seja feliz para sempre até que a morte o separe.